sábado, 12 de abril de 2014

Me chamaram de Louca! Fizeram chacotas - ESTOU COM DEPRESSÃO- mas não desisto!

AMIGOS,NÃO ACREDITO QUE ACONTECEU COMIGO!!! 
Meus concursos e a mudança de Brasília...
Quantos colegas prejudicados?
Lidiane
 
Veja:
Alvorada, drama sem fim
Data: 12/04/2014 - sábado
Veículo: CORREIO BRAZILIENSE - DF
Editoria: CIDADES
Jornalista(s): » MATHEUS TEIXEIRA.
Assunto principal: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
            
      Após descredenciar a Faculdade Alvorada, em setembro último, o Ministério da Educação (MEC) prometeu fazer a transferência assistida dos alunos para outra instituição. Dois meses depois da promessa, o órgão cumpriu com a palavra e eles foram matriculados em uma universidade em situação legal.
     Quando acharam que a agonia dos 60 dias sem saber onde estudariam tinha acabado, eles sofreram mais um revés: agora, a maioria dos 4 mil alunos da antiga Alvorada não têm como comprovar os anos de aprendizado. Apesar de já estarem estudando, os discentes não conseguem acessar a documentação necessária para regularizar o histórico escolar e temem ser jubilados.
      Alguns estudantes preferiram fazer a transferência avulsa, sem a ajuda do ministério. Lidiane Mendes, 30 anos, é um deles. Ela conseguiu a cópia dos documentos e se matriculou na Fortium. Cursou o último semestre de direito e apresentou a monografia. Quando achou que estava formada e teria o diploma em mãos, mais uma decepção. A instituição em que completou o curso cobrou a versão original dos documentos, e ela não tinha. Procurou a Alvorada, que não forneceu os originais.
     "Estou formada. Estudei cinco anos e fiz tudo que os professores pediram. Mas não me deixam colar grau", reclama.
      O MEC, ciente da situação, exigiu a solução imediata por parte da instituição descredenciada e cogita vasculhar a antiga faculdade, que está lacrada, para ter acesso aos documentos.
      "Diante do reiterado descumprimento às determinações administrativas e judiciais por parte da Alvorada em fornecer a documentação acadêmica dos ex-alunos, há um despacho do MEC, em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), no sentido que seja autorizado o acesso ao imóvel em que funcionara a faculdade, a fim de avaliar os documentos que compunham o acervo acadêmico encontrado no local ", informou o ministério, por meio da assessoria de imprensa.
      Além disso, não sendo satisfatório, a "autoridade judiciária autoriza verificação nos computadores localizados no imóvel".
Esgoto na sala
      O estudante de comunicação social Francisco Coelho, 25 anos, se lembra quando a faculdade entrou em crise. "Chegamos a ter aula em uma sala que, no fundo, tinha um esgoto. O mau cheiro era grande. Reclamamos, protestamos perante a diretoria, mas nunca resolveram o problema", conta. Segundo ele, o reitor negava que a faculdade andava mal das pernas e prometia melhoras.
     Além disso, eles começaram a juntar diferentes semestres na mesma sala por falta de professor. "Os docentes começaram a pedir demissão e não tinha gente suficiente para lecionar. Eles faziam de tudo para que houvesse aula, mas a situação era precária", recorda.
     Atualmente, Coelho está no Instituto de Ensino Superior de Brasília (Iesb), mas a universidade cobra com frequência a documentação. "Estamos de mãos atadas. Não temos para onde fugir. Já pedimos ajuda para os deputados distritais, federais e senadores. O senador Paulo Paim (PT-RS) prometeu inserir a Alvorada em pauta na audiência que tratará das cariocas Univercidade e Gama Filho, que estão em situação parecida. Tomara que tenha algum resultado."
      Lidiane foi uma das primeiras a identificar as anormalidades na faculdade. Ela investigou o que estava se passando. Com outros estudantes, constatou no Judiciário, no início de 2012, que a Alvorada respondia a diversas ações. "Além dos processos trabalhistas, por falta de pagamento, havia uma ação de despejo.
      Foi aí que nos preocupamos e informamos aos demais alunos do risco de sermos despejados", diz. Após espalhar a notícia pela faculdade, os professores passaram a persegui-la a fim de impedir manifestações de estudantes revoltados.
"Inicialmente, ninguém acreditou que podíamos ser expulsos dali e um professor de direito do consumidor conseguiu jogar meus colegas contra mim. Virei motivo de chacota, achavam que eu estava delirando.
      Cheguei a entrar em depressão devido à forma como estava sendo tratada", recorda. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Alvorada.
Memória
Calote no aluguel
      A Faculdade Alvorada enfrenta problemas judiciais desde 2009. Naquele ano, a proprietária do prédio em que funcionava a instituição entrou com ação na Justiça para rescindir o contrato de locação e despejar a instituição por falta de pagamento do aluguel.
       Em julho do ano passado, a dívida da faculdade somava R$ 36 milhões, e o despejo foi decretado.
A Alvorada, então, prometeu aos estudantes manter as aulas em outro endereço, no Setor de Rádio e TV Norte. Os alunos foram até lá, mas não havia notícia dos professores muito menos da faculdade. Dois meses depois, em setembro, o Ministério da Educação (MEC) descredenciou a instituição.

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